Quatro de Setembro de dois mil e nove:
é criada a fundação Paula
Rego com o fim de promover a divulgação e o estudo das obras da artista Paula
Rego e do pintor Victor Willing…
Dezassete de Abril de dois mil e treze:
é extinta!
“ (…) as obras doadas pela artista ao município de Cascais,
bem como as obras que, por liberalidade (…), tenham integrado o património da
fundação revertem para aquele município e extingue-se, com a extinção da Fundação,
o direito de usufruto sobre o imóvel onde se encontra instalada.
O Município de Cascais e a artista acordaram, entretanto,
manter em funcionamento o Museu Casa das Histórias Paula Rego em condições
similares às dos grandes museus internacionais de arte moderna e contemporânea,
assumindo o município de Cascais todas as responsabilidades inerentes ao seu
funcionamento.”
Registo a minha estranheza: no acto da criação foi
reconhecida a utilidade pública da instituição; desde então até ao presente, o nome da artista tem crescido no mundo da Arte. Tudo indicava que o museu teria um grande futuro, como, aliás, não poderia deixar de ser, já que se tratava de uma instituição tão jovem (uma "criança", diria até, com menos de quatro anos!), mas não... somos surpreendidos com
tão drástica medida!
Estranho! Até o diploma legal, de cujo preâmbulo retirámos a citação, é ambíguo.
Compreendo bem a tristeza que nos últimos meses tomou conta da Pintora!Muito tarda, no nosso país, o reconhecimento que, há longos anos, lhe é tributado na Inglaterra... e no mundo.
Pobre país...cada dia mais pobre na forma, também, como trata os seus valores. A pior das ruínas é essa: regresso a uma ignorância vazia de tudo.
ResponderEliminarbjs
tristeza também para quem mora aqui perto da Casa da Histórias
ResponderEliminarque a viu nascer e crescer
há coisas que deveriam estar desligadas de verbas e fundos e etc,
a arte não se mede em euros
um abraço
Da ruína moral e social em que vivemos e nos continuamos a afundar...hoje!
ResponderEliminarBoa noite e um beijinho.