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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Paris, ontem


 

"Monumento de George Sand" - este é o título atribuído a uma bela pintura da autoria de Joaquim Lopes (1886-1956) - exposta na Casa-museu Almeida Moreira.

Na legenda pode ler-se: “em Paris, 1920, óleo sobre madeira”.
No verso: "Jardim da Luz, bom monumento a George Sand. Oferta do autor* em 4/2/1920, na sua casa de Vila Nova de Gaia.

Nota do curador de artes: "A profunda relação de amizade entre Almeida Moreira e o pintor fica registada na correspondência trocada entre ambos e nas obras que o mesmo lhe oferece e dedica. Esta admiração e estima manifesta-se também justamente na confiança que Almeida Moreira deposita no autor, considerando-o indissociável do processo de organização e crescimento do museu Grão Vasco, mostrando admiração pelo seu sentido crítico no processo de opções de selecção da pintura do séc. XIX e início de XX para o museu.
 Nestes dias conturbadíssimos (há uma semana inteira que não se fala de outra coisa), a cidade luz enche as parangonas dos jornais: terrorismo, morte, ódio, radicalismo, etc...
Sinto como que uma força interior que me leva a publicar este texto, engendrado há largas semanas, e agora levemente retocado.

Sabe bem recordar este quadro que nos reporta a uma época feliz de intercâmbio cultural entre os povos da velha Europa: e é curioso observar como o momento retratado, tão intimista entre o Capitão e o Pintor, passou, noventa e cinco anos depois, a caber na História da cidade!
 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

a liberdade, a liberdade


"a liberdade, a liberdade ... aos capitães de abril devemos a liberdade!"

Celeste Caeiro
(a mulher dos cravos
aos microfones da antena dois)
 

domingo, 12 de abril de 2015

O sonho não morre

Sete anos e sete dias
Parecia de pedra e cal
porém
aos dezasseis dias de março de dois mil e quinze
o impensável aconteceu:
miserável mão
desferiu um  golpe
à traição
atingindo-o gravemente

dias e noites ausentes de claridade 
tudo parecia negro e convertido em pesadelo

Até que um raio de luz
no meio da escuridão
descobre o segredo:
- o sonho é um desejo vivo, intenso, veemente e constante;
habita no mundo dos deuses;
é imortal, invencível.

Só então dera conta do logro:
afinal,
o sonho saira da batalha
incólume!