"Memórias" de Rómulo de Carvalho: um livro que acaba de ser lançado.
Há muito aguardado, finalmente apareceu á luz do dia, pela mão da Fundação Gulbenkian.
O JL antecipa a publicação de expressivos excertos, que muito me surpreenderam.
"Nunca tive vocação nem jeito para viver, inclinação elementar que qualquer ser, mesmo sem ser humano, possui por natureza" - diz a dado passo. E, mais adiante, "O mundo é repugnante e a vida não tem sentido. É uma luta permanente e feroz em que cada um busca a satisfação dos seus interesses exactamente como outros quaisquer seres vivos, animais ou plantas, que se espreitam e atacam.(...)A todos os que me estimaram e, no extremo, me amaram, um longo adeus com os olhos tristes. Muito em particular para os mais ´~intimos. (...)
E é tudo.
Chamo-me
Rómulo e nasci no dia 24 de Novembro de 1906 com sete meses de gestação. Faleci em 19de Fevereiro de 1997.
Adeus."
Estupefacto!
Nunca pensei que o autor de poemas tão belos como a "Pedra filosofal" tivesse tido, em determinada fase da sua vida, sentimentos tão tristes.
Quero lê-lo sem perder a primeira e bela imagem do poeta que perdura na minha mente.
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