Tenho de encontrar um vocabulário
preciso para cada um dos aspectos deste
quarto; mas o que irá faltar é
a palavra que te irá substituir, ou
o movimento do teu corpo
a caminho da janela, para a abrir,
deixando entrar, com o sol, a sombra
das árvores para dentro de casa.
A cadeira está ali, inútil,
agora que partiste; mas deixo-a
estar, para o dia em que regresses,
como se o passado fosse o dia
de amanhã, ou a tarde mantivesse
a tua presença, trazendo de volta
o vento que servia de fundo
à música da tua voz.
E fecho as cortinas, para
que a escuridão se faça, e
o perfume das flores se
confunda com o teu.
Nuno Júdice
in blog A a Z
2AGO2006
Bom chegar aqui e encontrar Nuno Júdice que, para lá de um grande poeta, é uma pessoa doce e admirável.
ResponderEliminarObrigada pela visita, apesar de entrares num dia em que a pressa e o cansaço me deixaram a casa «desarrumada». Grata também pelo reparo.
Beijo
Mas, de vez em quando, há que afastar as cortinas e deixar arejar o quarto...
ResponderEliminarBjs
Obrigada pela visita e...aguardo uma actualização...
ResponderEliminarBjs
Há presenças que não se esquecem e fazem falta!
ResponderEliminarBom reencontrar Nuno Júdice! Um dos meus poetas d'alma!
ResponderEliminarA expressão da melancolia que se faz pressentir em cada gesto que se suspende...
Abraço,
Meu amigo até 2013!
ResponderEliminarDesejo-lhe o MELHOR para si e para os seus.
Beijinho
Fê