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sábado, 29 de outubro de 2016

João Lobo Antunes

A morte do grande médico e escritor, grande português, digno dos maiores encómios, constitui uma enorme perda - disso estou convicto - para todos nós; considerava-o uma verdadeira referência nas áreas a que se dedicou e uma reserva da nação (refiro-me ao sentido mais rico e nobre do conceito, que inclui a absoluta defesa dos princípios e valores genuínos de uma sociedade mais culta, humana e tolerante).
Hoje, no jornal Público, escreveu o seu amigo
"(...) os seus ensaios constituem contributos de consulta obrigatória, pela lucidez, pertinência e virtuosidade dos conteúdos. É neles, de resto, que se manifesta em todo o seu fulgor, contido e elegante embora, o seu talento de escritor a quem o médico forneceu a limpidez e acutilância do olhar, sem perturbar o processo da criação. Médico escritor ou escritor médico – a destrinça foi ele que a estabeleceu – mas grande escritor, sem dúvida.Como ele próprio brilhantemente arguiu, um médico culto é um médico melhor – e ele foi um insaciável leitor e aprendiz. Nenhuma intervenção sua, e tantas foram, foi levada a cabo sem prévio e exaustivo estudo, mesmo que se tratasse de uma comunicação perante público reduzido e pouco exigente, ou de um regresso a um tema já por si abordado.
Médico cirurgião, professor universitário, ensaísta e escritor, elaborador de doutrina ética, cultor da beleza e da verdade, eis o retrato de um humanista e esse é o retrato que do João guardo. (...) *

*Professor do Instituto de Bioética da Universidade Católica do Porto

2 comentários:

  1. Petrus

    Bela Homenagem, essa, a tua! Subscrevo as palavras, e tenciono conhecer melhor o gênio e o homem. Se bem que algumas vezes, ambas estejam interligadas.

    Gostei do comentário deixado no sei_lá . Grata!

    Beijinho, Petrus!

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  2. Uma pessoa que soube ser.
    O seu nome permanecerá.
    Bj

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