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domingo, 30 de dezembro de 2018
domingo, 24 de junho de 2018
Perto do Céu
A avó acaba de dar entrada no lar. Quis saber por que a tiraram de casa.
Respondi-lhe que estava desidratada! precisava de tratamento médico! e logo que estivesse melhor, regressaria a casa!
A resposta acalmou-a. Não sei se acreditou no que lhe disse. O seu olhar, fixo, deixou-nos em dúvida.
Foi então que pela primeira vez senti a dura realidade: ela não queria ir; nós não queríamos que ela fosse... mas a dura realidade obrigou-nos a tomar a difícil decisão.
E, agora, o ingresso está concretizado.
Julgo que foi dado o primeiro passo para a libertação: finalmente desagrilhoada, pode olhar para o céu azul... ali tão perto [curiosamente, o lar chama-se Perto do Céu].
Amanhã será um novo dia: o primeiro de uma imensa tristeza, mas, simultaneamente, de um raio de luz no fundo do túnel da Esperança.
Respondi-lhe que estava desidratada! precisava de tratamento médico! e logo que estivesse melhor, regressaria a casa!
A resposta acalmou-a. Não sei se acreditou no que lhe disse. O seu olhar, fixo, deixou-nos em dúvida.
Foi então que pela primeira vez senti a dura realidade: ela não queria ir; nós não queríamos que ela fosse... mas a dura realidade obrigou-nos a tomar a difícil decisão.
E, agora, o ingresso está concretizado.
Julgo que foi dado o primeiro passo para a libertação: finalmente desagrilhoada, pode olhar para o céu azul... ali tão perto [curiosamente, o lar chama-se Perto do Céu].
Amanhã será um novo dia: o primeiro de uma imensa tristeza, mas, simultaneamente, de um raio de luz no fundo do túnel da Esperança.
domingo, 3 de junho de 2018
Caramulo
A serra está nua
tem o corpo negro
e a alma desalentada
Em Outubro
o fogo
roubou-lhe o verde manto
A montanha
ficou exposta
às intempéries
As agruras do Inverno
e oscilações da Primavera
impediram a regeneração do solo
Só em pleno mês de Maio
a vegetação brota
entre pedras negras
e caules calcinados
Aquém e além
nascem alguns fetos
Os eucaliptos queimados rebentam de novo
dando um ar da sua graça
E a serra
começa a vestir-se de novo
com o verde da esperança!
tem o corpo negro
e a alma desalentada
Em Outubro
o fogo
roubou-lhe o verde manto
A montanha
ficou exposta
às intempéries
As agruras do Inverno
e oscilações da Primavera
impediram a regeneração do solo
Só em pleno mês de Maio
a vegetação brota
entre pedras negras
e caules calcinados
Aquém e além
nascem alguns fetos
Os eucaliptos queimados rebentam de novo
dando um ar da sua graça
E a serra
começa a vestir-se de novo
com o verde da esperança!
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